O evento foi primeiramente detectado pela câmera allsky instalada na cidade de São Sebastião, no litoral paulista, e alguns segundos depois pela câmera localizada na cidade de Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo. Até o momento, não houve qualquer registro de fragmentos remanescentes, porém, de acordo com o pesquisador Carlos Augusto de Pietro, ligado à BRAMON, o objeto possuía por volta de 25 quilos de massa. Veja o registro de uma das câmeras:
Não ficou claro que tipo de objeto é esse, sendo que provavelmente não se trata de lixo espacial. A densidade é similar à de um condrito carbonáceo CM, porém mais poroso. Os condritos carbonáceos apresentam elevado teor de carbono, normalmente na forma de grafite, além de carbonatos e compostos orgânicos, incluindo aminoácidos. Também podem conter água e minerais alterados pela água. Rochas desse tipo podem ter sido formadas no Sistema Solar exterior.

                                                       Fonte da imagem:Reprodução/Apollo11
Pelo mapa da trajetória podemos perceber que o objeto cortou a cidade de Caraguatatuba e provavelmente caiu no oceano perto do litoral (se tiver sobrevivido à entrada na atmosfera). De acordo com Pietro, a determinação do corpo parental ainda está em processo de análise e será divulgada em breve. Veja outro registro do evento:
A BRAMON tem por objetivo detectar e determinar possíveis eclipses e dispersões de meteoritos. A rede conta atualmente com quatro estações sincronizadas entre si, permitindo a triangulação e o acompanhamento dos meteoritos que entrarem no campo estabelecido. Somente no último mês, trajetos de seis bolas de fogo foram detectados no território brasileiro.